O que é alimentação natural?
Em algum momento, em menos de 150 anos, paramos de oferecer aos nossos cães alimento fresco em troca de oferecer alimento ultra processado, acreditando que essa seria a melhor e única opção para eles. Não é de se estranhar que algum tempo depois passamos a questionar o porquê da expectativa e qualidade de vida de nossos animais ter reduzido. Ou o porquê de vermos tantos deles obesos e desenvolvendo câncer em estágios precoces de suas vidas.
O alimento ultra processado feito de grãos transgênicos de alto índice glicêmico, ou apenas ração, precisa sim ser questionado. Sua procedência é segura aos nossos animais? Nunca, eles estiveram comendo um modelo de dieta que tanto se afasta de sua alimentação ancestral. E tudo que hoje, nós humanos, sabemos que não é saudável para cultivar um estilo de vida longevo, foi colocado pela indústria como sendo o mais completo, balanceado e saudável para eles. O resultado disso? Nossos cães passaram a compartilhar conosco os mesmos tipos de doenças majoritariamente causadas por dietas processadas de baixa qualidade.
O nome alimentação natural já diz muito por si só. Entendida como uma prática alimentar baseada em ingredientes de verdade, frescos, úmidos e bioapropriados para a espécie, ou seja, que irão fornecer todos os nutrientes necessários para que o animal viva com saúde, respeitando a sua fisiologia e evolução.
Essa dieta deve ser composta de alto teor de proteína animal, um percentual moderado de gorduras boas e uma pequena quantidade de matéria vegetal. Encontraremos variedades de carnes, ossos, vísceras, vegetais, ervas, frutas e sementes.
Ao contrário do que parece, ela não veio para prometer resultados milagrosos como jogada de marketing. Ela resgata aquilo que os animais instintivamente buscariam na natureza. E como consequência, um corpo que antes estava tão inflamado e doente, repercute com melhoras na pele, pelagem, dentes, músculos, cognição, longevidade, disposição e saúde que vem de dentro para fora.
Agora, se você já sabe que pode melhorar a dieta de seu cão e transformar sua vida, o que você está esperando?
Mas quais são os reais malefícios da ração?
A ração é em sua grande maioria, produzida através de subprodutos da indústria alimentícia. Esses subprodutos são fornecidos pela indústria de renderização, que trabalha com a reciclagem de matérias primas descartadas. Que matéria prima é essa? Cortes que sobram nos frigoríficos, carnes que se tornam impróprias para consumo humano, partes de animais e peixes que sobram nas grandes indústrias de alimentos, gorduras de restaurantes e até mesmo animais doentes. Todo o material é processado até virar substrato para a indústria da ração. Além da baixíssima qualidade, o risco da presença de componentes tóxicos é uma grande realidade.
Infelizmente, o problema já está instalado. Vamos começar olhando para o principal macro nutriente da ração e o seu tipo: carboidratos de altíssimo índice glicêmico, advindos dos grãos. Uma vez que os cães são animais carnívoros, sua fisiologia foi desenvolvida para digerir e absorver carne. Estudos mostram que, enquanto em uma dieta ancestral temos entre 0 - 15% de carboidratos, em rações secas encontramos entre 46% - 74%. Esses são alimentos abundantes, baratos e que cumprem a função de trazer volume a mistura da ração e fazê-la durar na prateleira. O pior: nos níveis de garantia do alimento, não é necessário incluir a quantidade de carboidrato presente. Isso mesmo! Vai lá conferir o rótulo...
Mas o que significa alto índice glicêmico? Significa que o alimento vira instantaneamente açúcar no organismo. Isso gera alta secreção de insulina, liberação de hormônios pro inflamatórios, e a partir daí, um cenário perfeito para a instalação de doenças metabólicas. Estamos falando de obesidade, diabetes, câncer...
Quando um animal feito para comer carne fresca consome uma dieta a base de grãos, o resultado na maioria dos casos são distúrbios causados por essa dieta pobre não bioapropriada. A literatura já correlaciona diversos problemas advindos de seu consumo: alergias e sensibilidades alimentares, infecção por fungos, inflamação e distúrbios gastrointestinais e abundância de químicos inflamatórios no corpo.
Segundo macro nutriente: a proteína! O principal elemento de uma dieta carnívora, ou mais especificamente dizendo, proteína animal. Seu problema também reside no tipo e na quantidade. Mas tem proteína na ração né? Muitas fábricas utilizam a proteína de subprodutos de origem vegetal, com baixíssima biodisponibilidade. O animal não aproveita a proteína e ainda gera drásticas consequências para seu fígado e rim metabolizar e excretar tudo isso. Já ouviu falar em glúten de milho? Pois é...
Por fim, a gordura. A principal fonte de energia dos cães. Eles precisam dela para manter pele e pelagem saudáveis, reproduzir, reduzir a inflamação, regular o sistema imunológico, prevenir problemas cardíacos, manter a pressão arterial saudável, e por ai vai. Mas estamos falando de gorduras boas, preferencialmente de origem animal e em proporções equilibradas.
É o que achamamos de equilíbrio de Omegas 3 e 6. O problema das rações começa na desproporção entre os dois, com quantidades muito altas de Omega 6 e baixas de Omega 3, o que leva a quadros pró inflamatórios. Não obstante, voltamos a questão dos subprodutos e percebemos que a principal fonte de gordura utilizada é de origem vegetal de baixíssima qualidade e super barata. No processo produtivo elas são submetidas a altíssimas temperaturas e pressão, que as oxida e modifica sua estrutura. O corpo nem reconhece.
Ainda, temos baixíssima umidade em sua composição. Caso contrário, ela não duraria o tempo que dura na prateleira, e nem na vasilha do seu cãozinho o dia todo. Falaremos mais a frente da importância da água em nosso corpo, mas sabemos que um organismo desidratado não funciona, e nossos animais vivem em um estado de desidratação crônica e subclínica. As rações secas possuem, em média, 10% de água, enquanto o alimento natural possui entre 60 e 80% de água em sua composição.
Além disso tudo, ainda são adicionados aromatizantes, palatabilizantes e conservantes, alguns deles com potencial cancerígeno já comprovado e já proibído em diversos países. Procure no rótulo da sua ração por BHA e BHT e torça para não encontrar.
Também já foi descoberto em diversas rações, a contaminação por micotoxinas fúngicas devido às condições de estocagem e qualidade dos grãos. Esse cenário é muito mais comum do que se espera. As consequências de ingerir isso são graves e começam com: imunossupressão, infestações por parasitas, fígado dilatado, danos à linhada, lesões hepáticas, cirrose hepática e câncer hepático. Infelizmente elas não são destruídas durante o processo produtivo.
E os transgênicos? É difícil fugir deles, já que quase toda soja e milho produzidos no Brasil hoje é de origem transgênica. Eles estão diretamente relacionados ao uso de glifosato, ou Roundup, um agrotóxico cancerígeno também proibído em diversos países. Mas qual o real problema causado pelo consumo de transgênicos? Danos aos órgãos (fígado, rim, pâncreas, órgãos reprodutivos), problemas no sistema imunológico, alterações nas bactérias intestinais, desordens digestivas, desregulação endócrina, alergias cutâneas e alimentares, câncer, problemas cognitivos, problemas comportamentais...
Muito foi falado dos malefícios das rações que usam principalmente alimentos de baixa qualidade. Não seria justo não trazer o fato de que existem sim no mercado hoje, marcas de ração que se preocupam em utilizar ingredientes “human-grade” e de melhor procedência. Mas o ultra processamento do alimento ainda é um grande problema, uma vez que, com o produto pronto, não sobra nada que se pareça com comida de verdade. Nutrientes são destruídos e o animal não aproveita quase nada. Se vitaminas sintéticas não fossem adicionadas, nossos cães desenvolveriam quadros graves de desnutrição. Além disso, o produto continua sendo altamente seco, e o animal que não consome níveis suficientes de água “por fora” desenvolve quadros de desidratação crônica.
A ração é em sua grande maioria, produzida através de subprodutos da indústria alimentícia. Esses subprodutos são fornecidos pela indústria de renderização, que trabalha com a reciclagem de matérias primas descartadas. Que matéria prima é essa? Cortes que sobram nos frigoríficos, carnes que se tornam impróprias para consumo humano, partes de animais e peixes que sobram nas grandes indústrias de alimentos, gorduras de restaurantes e até mesmo animais doentes. Todo o material é processado até virar substrato para a indústria da ração. Além da baixíssima qualidade, o risco da presença de componentes tóxicos é uma grande realidade.
Infelizmente, o problema já está instalado. Vamos começar olhando para o principal macro nutriente da ração e o seu tipo: carboidratos de altíssimo índice glicêmico, advindos dos grãos. Uma vez que os cães são animais carnívoros, sua fisiologia foi desenvolvida para digerir e absorver carne. Estudos mostram que, enquanto em uma dieta ancestral temos entre 0 - 15% de carboidratos, em rações secas encontramos entre 46% - 74%. Esses são alimentos abundantes, baratos e que cumprem a função de trazer volume a mistura da ração e fazê-la durar na prateleira. O pior: nos níveis de garantia do alimento, não é necessário incluir a quantidade de carboidrato presente. Isso mesmo! Vai lá conferir o rótulo...
Mas o que significa alto índice glicêmico? Significa que o alimento vira instantaneamente açúcar no organismo. Isso gera alta secreção de insulina, liberação de hormônios pro inflamatórios, e a partir daí, um cenário perfeito para a instalação de doenças metabólicas. Estamos falando de obesidade, diabetes, câncer...
Quando um animal feito para comer carne fresca consome uma dieta a base de grãos, o resultado na maioria dos casos são distúrbios causados por essa dieta pobre não bioapropriada. A literatura já correlaciona diversos problemas advindos de seu consumo: alergias e sensibilidades alimentares, infecção por fungos, inflamação e distúrbios gastrointestinais e abundância de químicos inflamatórios no corpo.
Segundo macro nutriente: a proteína! O principal elemento de uma dieta carnívora, ou mais especificamente dizendo, proteína animal. Seu problema também reside no tipo e na quantidade. Mas tem proteína na ração né? Muitas fábricas utilizam a proteína de subprodutos de origem vegetal, com baixíssima biodisponibilidade. O animal não aproveita a proteína e ainda gera drásticas consequências para seu fígado e rim metabolizar e excretar tudo isso. Já ouviu falar em glúten de milho? Pois é...
Por fim, a gordura. A principal fonte de energia dos cães. Eles precisam dela para manter pele e pelagem saudáveis, reproduzir, reduzir a inflamação, regular o sistema imunológico, prevenir problemas cardíacos, manter a pressão arterial saudável, e por ai vai. Mas estamos falando de gorduras boas, preferencialmente de origem animal e em proporções equilibradas.
É o que achamamos de equilíbrio de Omegas 3 e 6. O problema das rações começa na desproporção entre os dois, com quantidades muito altas de Omega 6 e baixas de Omega 3, o que leva a quadros pró inflamatórios. Não obstante, voltamos a questão dos subprodutos e percebemos que a principal fonte de gordura utilizada é de origem vegetal de baixíssima qualidade e super barata. No processo produtivo elas são submetidas a altíssimas temperaturas e pressão, que as oxida e modifica sua estrutura. O corpo nem reconhece.
Ainda, temos baixíssima umidade em sua composição. Caso contrário, ela não duraria o tempo que dura na prateleira, e nem na vasilha do seu cãozinho o dia todo. Falaremos mais a frente da importância da água em nosso corpo, mas sabemos que um organismo desidratado não funciona, e nossos animais vivem em um estado de desidratação crônica e subclínica. As rações secas possuem, em média, 10% de água, enquanto o alimento natural possui entre 60 e 80% de água em sua composição.
Além disso tudo, ainda são adicionados aromatizantes, palatabilizantes e conservantes, alguns deles com potencial cancerígeno já comprovado e já proibído em diversos países. Procure no rótulo da sua ração por BHA e BHT e torça para não encontrar.
Também já foi descoberto em diversas rações, a contaminação por micotoxinas fúngicas devido às condições de estocagem e qualidade dos grãos. Esse cenário é muito mais comum do que se espera. As consequências de ingerir isso são graves e começam com: imunossupressão, infestações por parasitas, fígado dilatado, danos à linhada, lesões hepáticas, cirrose hepática e câncer hepático. Infelizmente elas não são destruídas durante o processo produtivo.
E os transgênicos? É difícil fugir deles, já que quase toda soja e milho produzidos no Brasil hoje é de origem transgênica. Eles estão diretamente relacionados ao uso de glifosato, ou Roundup, um agrotóxico cancerígeno também proibído em diversos países. Mas qual o real problema causado pelo consumo de transgênicos? Danos aos órgãos (fígado, rim, pâncreas, órgãos reprodutivos), problemas no sistema imunológico, alterações nas bactérias intestinais, desordens digestivas, desregulação endócrina, alergias cutâneas e alimentares, câncer, problemas cognitivos, problemas comportamentais...
Muito foi falado dos malefícios das rações que usam principalmente alimentos de baixa qualidade. Não seria justo não trazer o fato de que existem sim no mercado hoje, marcas de ração que se preocupam em utilizar ingredientes “human-grade” e de melhor procedência. Mas o ultra processamento do alimento ainda é um grande problema, uma vez que, com o produto pronto, não sobra nada que se pareça com comida de verdade. Nutrientes são destruídos e o animal não aproveita quase nada. Se vitaminas sintéticas não fossem adicionadas, nossos cães desenvolveriam quadros graves de desnutrição. Além disso, o produto continua sendo altamente seco, e o animal que não consome níveis suficientes de água “por fora” desenvolve quadros de desidratação crônica.
“Como esperar que carnívoros oportunistas tenham saúde se estão comendo algo tão distante do seu modelo de alimentação natural?”
Você comeria a mesma coisa, todos os dias de sua vida?
Agora, você comeria, todos os dias de sua vida, junk food?
Então por que o seu cão deve?
E os benefícios da Alimentação Natural?
Começando pelo básico mas incrivelmente importante. Ela possui 7x mais água do que a ração. Para que serve a água no organismo? Basicamente para todos os processos metabólicos do corpo funcionarem, proteger os órgãos vitais, absorver e transportar nutrientes, hidratar células e articulações, regular a temperatura corporal, produzir urina límpida e frequente, e muito mais...
Esse tipo de alimentação está em total sintonia com a fisiologia dos cães, que são carnívoros oportunistas, ou seja, animais que se alimentam majoritariamente de carne mas são capazes de sobreviver consumindo alguns alimentos de origem vegetal durante algum tempo. Seus dentes são próprios para dilacerar músculos e impróprios para macerar vegetais ou capim... basta comparar a sua arcada com a de uma vaca ou cavalo. Cães são deglutidores profissionais, sempre comendo rápido e em grandes quantidades, afinal, eles foram ensinados a garantir a caça. Em sua saliva, não existe a presença de amilase, a enzima capaz de quebrar carboidratos.
Passados a boca e o esôfago, o alimento chega ao estômago. Sua alta elasticidade e acidez não negam: os cães são capazes de digerir grandes volumes de alimento, que pode ficar por até 8 horas recebendo suco gástrico com ph de 1 ou menos. Ossos são digeridos e bactérias maléficas não saem ilesas, afinal, eles estão comendo alimento cru. Por fim, em seu intestino curto, nutrientes são absorvidos e o alimento passa de maneira rápida, o que não permite a fermentação de bactérias patógenas.
Eu li alimento cru? Sim, isso mesmo! Mas sempre de ótima procedência. Carnes cruas, ao contrário do que se imagina, são das melhores formas de se promover uma microbiota intestinal mais saudável devido ao ecossistema bacteriano equilibrado que habita nelas. E bactérias do bem são fundamentais para o funcionamento do sistema imunológico e para minimizar a presença de bactérias ruins.
Além disso, elas são riquíssimas em vitaminas, sais minerais, ácidos graxos e enzimas intactos, que não sofrem desnaturação devido ao processo de cozimento. Essas enzimas auxiliam no processo digestivo, modulam processos inflamatórios e possuem efeito analgésico sobre as articulações.
Já está encantando? Ainda vem muito mais. As carnes, vísceras e ossos utilizados são ricos em gorduras e proteínas de excelente qualidade. Os vegetais presentes conservam baixo índice glicêmico e diversos antioxidantes. Juntos, esse composto mantém a glicemia do animal estável e ele acaba por secretar menos insulina no sangue, reduzindo o risco de desenvolver doenças inflamatórias como câncer e diabetes.
Carboidratos ricos em amido não entram na lista de ingredientes, e consequentemente, o animal quase não acumula tártaro nos dentes, o que preserva sua saúde bucal e reduz as idas ao veterinário. Ambos fatores combinados criam uma dieta com baixíssimo potencial alergênico, muito benéfica para cães que possuem sensibilidades e alergias gastrointestinais.
Devido aos altos níveis de digestibilidade, aproveitamento e absorção do alimento, o cão come menos e produz menos fezes. Acredite se quiser, mas esse modelo combate a cropofagia, pois o cão produz fezes mais secas e firmes, em menor volume e quase sem cheiro, logo, o coco fica muito pouco atraente.
A oferta de ossos é hoje a forma mais segura de garantir o aporte equilibrado de sais minerais e aminoácidos para o cão. Eles possuem doses generosas de cálcio, fósforo e sais minerais biodisponíveis, além de colágeno e condroitina que são essenciais para suas articulações.
Toda essa transformação a nível celular transforma a vitalidade do seu cão e também a sua disposição. De forma resumida, teremos um animal mais resistente a doenças, com melhora em problemas de pele e alergias, pelagem mais macia e brilhante, hidratado, produzindo menos fezes, perdendo gordura e ganhando massa muscular, com dentes mais limpos e saudáveis.
Começando pelo básico mas incrivelmente importante. Ela possui 7x mais água do que a ração. Para que serve a água no organismo? Basicamente para todos os processos metabólicos do corpo funcionarem, proteger os órgãos vitais, absorver e transportar nutrientes, hidratar células e articulações, regular a temperatura corporal, produzir urina límpida e frequente, e muito mais...
Esse tipo de alimentação está em total sintonia com a fisiologia dos cães, que são carnívoros oportunistas, ou seja, animais que se alimentam majoritariamente de carne mas são capazes de sobreviver consumindo alguns alimentos de origem vegetal durante algum tempo. Seus dentes são próprios para dilacerar músculos e impróprios para macerar vegetais ou capim... basta comparar a sua arcada com a de uma vaca ou cavalo. Cães são deglutidores profissionais, sempre comendo rápido e em grandes quantidades, afinal, eles foram ensinados a garantir a caça. Em sua saliva, não existe a presença de amilase, a enzima capaz de quebrar carboidratos.
Passados a boca e o esôfago, o alimento chega ao estômago. Sua alta elasticidade e acidez não negam: os cães são capazes de digerir grandes volumes de alimento, que pode ficar por até 8 horas recebendo suco gástrico com ph de 1 ou menos. Ossos são digeridos e bactérias maléficas não saem ilesas, afinal, eles estão comendo alimento cru. Por fim, em seu intestino curto, nutrientes são absorvidos e o alimento passa de maneira rápida, o que não permite a fermentação de bactérias patógenas.
Eu li alimento cru? Sim, isso mesmo! Mas sempre de ótima procedência. Carnes cruas, ao contrário do que se imagina, são das melhores formas de se promover uma microbiota intestinal mais saudável devido ao ecossistema bacteriano equilibrado que habita nelas. E bactérias do bem são fundamentais para o funcionamento do sistema imunológico e para minimizar a presença de bactérias ruins.
Além disso, elas são riquíssimas em vitaminas, sais minerais, ácidos graxos e enzimas intactos, que não sofrem desnaturação devido ao processo de cozimento. Essas enzimas auxiliam no processo digestivo, modulam processos inflamatórios e possuem efeito analgésico sobre as articulações.
Já está encantando? Ainda vem muito mais. As carnes, vísceras e ossos utilizados são ricos em gorduras e proteínas de excelente qualidade. Os vegetais presentes conservam baixo índice glicêmico e diversos antioxidantes. Juntos, esse composto mantém a glicemia do animal estável e ele acaba por secretar menos insulina no sangue, reduzindo o risco de desenvolver doenças inflamatórias como câncer e diabetes.
Carboidratos ricos em amido não entram na lista de ingredientes, e consequentemente, o animal quase não acumula tártaro nos dentes, o que preserva sua saúde bucal e reduz as idas ao veterinário. Ambos fatores combinados criam uma dieta com baixíssimo potencial alergênico, muito benéfica para cães que possuem sensibilidades e alergias gastrointestinais.
Devido aos altos níveis de digestibilidade, aproveitamento e absorção do alimento, o cão come menos e produz menos fezes. Acredite se quiser, mas esse modelo combate a cropofagia, pois o cão produz fezes mais secas e firmes, em menor volume e quase sem cheiro, logo, o coco fica muito pouco atraente.
A oferta de ossos é hoje a forma mais segura de garantir o aporte equilibrado de sais minerais e aminoácidos para o cão. Eles possuem doses generosas de cálcio, fósforo e sais minerais biodisponíveis, além de colágeno e condroitina que são essenciais para suas articulações.
Toda essa transformação a nível celular transforma a vitalidade do seu cão e também a sua disposição. De forma resumida, teremos um animal mais resistente a doenças, com melhora em problemas de pele e alergias, pelagem mais macia e brilhante, hidratado, produzindo menos fezes, perdendo gordura e ganhando massa muscular, com dentes mais limpos e saudáveis.
Lembre-se: “O alimento que seu cão come pode ser a forma mais segura de remédio ou a forma mais lenta de veneno.”
Cuidados
Dietas cruas não são indicadas a cães com sensibilidade gastrointestinal, pelo menos não de início. Sem dúvidas a alimentação natural será um ótimo aliado no tratamento de tais sensibilidades, mas é recomendado dar início pelas dietas cozidas quando não acompanhado de um veterinário.
Não deve ser manuseada por pessoas imunossuprimidas ou imunocomprometidas, e nem consumida por cães que visitam hospitais ou que convivem com tais.
Cães com baixa imunidade ou doentes só devem se manter em dietas naturais cruas caso já fizerem o mesmo antes da doença, ou sob orientação veterinária.
Essa dieta deve ser composta de alto teor de proteína animal, um percentual moderado de gorduras boas e uma pequena quantidade de matéria vegetal. Encontraremos variedades de carnes, ossos, vísceras, vegetais, ervas, frutas e sementes.
Qualidade e Segurança
A dieta crua com ossos é a que está em maior sintonia com a fisiologia carnívora de nossos cães. Além do uso de carnes de excelente procedência, de grade humana, é feito o congelamento profilático como mais uma medida de segurança à parasitas.
Todas as carnes utilizadas são próprias para consumo humano, rastreáveis e comprovadamente de boa procedência.
Não trabalhamos em nossos produtos com intestino de animais ou animais selvagens, que não receberam vacinas ou vermifugação.
Recomendamos a rotatividade das receitas, nunca oferecendo somente um tipo especifico de sabor. Cada ingrediente de cada produto foi pensado com um objetivo especifico para a saúde de seu cão, e para funcionar em ótima harmonia com os ingredientes também das outras receitas. Por isso, não são utilizados somente ossos de frango nas dietas ou somente do pescoço. Ainda, fazemos usos de diferentes combinações de vegetais e otimizamos com diferentes nutraceuticos.
Qualquer alteração no cheiro ou coloração do produto, não servir ao cão e entrar em contato o mais rápido possível conosco para o recolhimento e troca do produto.
Por fim...
Aos barbudinhos que se sujarem ao comerem, basta um pano úmido com água morna e vinagre de maça para limpar os pelos.
O investimento que será feito na nova alimentação de seu cão com certeza será compensado com o menor uso de remédios, menos visitas ao veterinário, e menos risco de desenvolver doenças no futuro.
A obesidade, além de ser uma doença por si só, pode desencadear mil e um problemas a mais para seu cão, como hipertensão, doença crônica renal, baixa imunidade, cardiopatia, diabetes, hiperaquecimento, hipotireoidismo, pancreatite, artrose, hérnias de disco, cistites e câncer. Paremos já de normalizar a “fofura” de cães gordinhos!